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Na minha oração, você era o centro,
meu predicado favorito.
Onde éramos mais que pronomes,
eu, você e nós.
Mal percebia que o amor poderia ser apenas um objeto,
direto, claro e sem rodeios.
Eu, no singular, sonhando em plural,
transformei-me em um sujeito oculto...
Faltou a concordância, e não era nominal.
Fui julgado, conjugado de forma errada,
perdi-me no tempo, tornei-me passado,
mais que imperfeito, sem os verbos que precisei.
E no futuro do pretérito,
havia um indicativo,
um dilema que não se mostrava simples,
talvez composto.
E ao encarar aquele caos que não se explica,
na última lição de casa,
o verbo amar resolveu me ensinar
a arte de esquecer.

O silêncio das palavras não ditas é mais alto do que uma bomba. Para ser honesta, nunca ouvi o som de uma bomba, mas já me calei com muita palavra engasgada. Sei o barulho que isso causa, mesmo que internamente. Teve um tempo em que achei que tudo merecia ser dito. Depois, entendi que precisava escolher minhas batalhas, pois toda fala precede uma provável resposta, e claro, nem sempre estamos dispostos a ouvir as respostas. Às vezes, escolhemos o silêncio porque precisamos, mesmo que a vontade seja vomitar uma sequência de palavras, opiniões, sentimentos e até coisas indizíveis. Outras vezes, é o silêncio que nos escolhe, mesmo sabendo que uma infinidade de pensamentos, opiniões, sentimentos e até coisas indizíveis está nas entrelinhas, apontadas bem na nossa direção. Tem silêncio que acolhe, tem silêncio que é ensurdecedor e o meu preferido é o silêncio que por si só faz mais barulho do que tudo descrito, porque no fim esse tipo de silêncio faz mais estrago do que o grito alheio e o desespero pra que eu expresse alguma emoção.

Queridos amigos ❤️
Estamos cientes que o Rio grande do Sul anda passando por muita dificuldade nesse momento! Tenho sorte de ser acompanhada por muita gente gentil que diariamente me doa muitos presentes.. Com toda essa tragédia tenho refletido sobre as necessidades daqueles que estão enfrentando tantos desafios.. Com isso em mente, gostaria de propor que, se desejarem, qualquer presente que planejem oferecer será convertido em contribuições para a compra de mantimentos para aqueles que precisam. As doações serão direcionadas diretamente para ajudar a garantir que as famílias e animais tenham acesso aos alimentos essenciais/ ração. Sei que, juntos, podemos fazer uma diferença significativa na vida de muitas pessoas que enfrentam essa guerra. Agradeço antecipadamente por sua generosidade e apoio a esta causa. Mais do que nunca, é um momento para nos unirmos e oferecermos ajuda aos que mais precisam. Sua participação tornará este gesto ainda mais significativo e impactante.

Com todo o meu carinho e gratidão,
Aya.

VOCÊ SE CONSIDERA LIVRE?
Já parou para pensar no que acontece quando os livros têm um surto de liberdade? É tipo um carnaval literário! Os clássicos se juntam aos novos best-sellers e formam uma mistura louca de personagens. Imagina Dom Quixote dando um rolê com Harry Potter, enquanto Sherlock Holmes tenta resolver os mistérios de Alice no País das Maravilhas.
E não para por aí! Os personagens dos livros também entram na festa. O Capitão Gancho finalmente se liberta das amarras de Peter Pan e decide velejar em seu próprio navio pirata. Cinderela larga o sapatinho de cristal e decide fazer uma road trip pelo mundo encantado. E o Homem-Aranha... bem, ele continua fazendo o que sempre fez, só que agora sem as teias da Marvel.
Será que eu posso ter uma vida sem vida traçada? Eu posso ser quem eu quiser sem medo? Por que o anseio de fazer e ser der errado eu vivo como eu bem queria fazer? Talvez a liberdade seja o fato de não temer, não ter medo do desconhecido, pois o conforto está no conhecido... Talvez seja seguir sem roteiro e ser o seu próprio personagem numa história sem pessoas e seus "e se"... Ou até mesmo vagar com a certeza de que liberdade é mais bonita quando vista pela perspectiva de Locke e não pela perspectiva mais metafísica de Kant ou pela forma exdrúxula de Rousseau.

Querido Homem, como é adorável perceber que a etiqueta e a cortesia não são mais do que relíquias de um passado distante. Afinal, por que se dar ao trabalho de SOLICITAR permissão para compartilhar seu áudio quando se pode simplesmente impor sua presença sonora? Esse comportamento é tão agradável quanto um mergulho no Ártico! Por favor não se sinta envergonhado caso tenha feito ou tenha costume de fazer tal proeza.. É um privilégio servir de platéia involuntária na sua performance vocal.

SANTA HERESIA

Maria das Graças é o nome dela, a terceira de cinco irmãs, todas com nome de santa. Nascida de uma família moldada nos termos e dogmas católicos, a mãe Tereza, carola ao extremo, prometeu a filha à igreja assim que a menina nasceu. Bom, e se era para a menina “Ser de Deus”, Ele resolveu dar aquela caprichada. Dona de olhos grandes e azuis, lábios volumosos, rosados e perfeitamente desenhados, cabelos dourados com cachos largos que lhe roçavam a cintura fina. Aos 19 anos, o corpo devia ter sido esculpido nos moldes de Afrodite. Como poderia aquele conjunto de coxas, barriga, seios e bunda serem tão perfeitos? As curvas eram delicadas onde deveriam ser e generosas onde queriam aparecer. A carne era macia ao toque, mas dura, rija, quando apertada, estapeada. Gracinha era um convite à tentação, um brinde à luxuria e uma entrega sem volta ao pecado mortal. Imoral.

Ela foi obrigada pela mãe a freqüentar a igreja desde pequenina. Atualmente trabalhava como secretária na sacristia durante a semana e nos finais de semana era ministra das missas, chegava a participar de seis, oito missas em um único final de semana. “Que Sacrilégio!” . E mesmo com toda a família virtuosa e controladora, Gracinha gostava mesmo era de DAR, de seguir o mandamento: “Amar o Próximo”, o próximo, o próximo e o próximo... Adorava as quermesses da Igreja, quando podia fazer muito mais do que ‘trabalhos voluntários’ para o rapazes daquela cidadezinha do interior de Minas.

Eis que chegou na paróquia o padre Giusepe, de origem italiana, sotaque carregado, recém ordenado. Tinha por volta dos 30 anos, moreno, esguio, mãos grandes, cabelos encaracolados e negros como a barba que lhe moldava o rosto e circundava a boca farta. Ahhh padre Giusepe! Assim que bateu os olhos naquele “Enviado do Senhor” ela teve absoluta certeza de que “Deus Existe.” Gracinha fixou mais que uma ideia na cabeça, traçou uma meta, um objetivo, fez uma promessa: precisava descobrir o que tinha embaixo daquela batina. “E jurou sobre a Bíblia”

que faria o padre Giusepe saber que Adão e Eva é que estavam certos ao comerem muito além de uma maçã. Mas sim, um ao outro.

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