Na minha oração, você era o centro,
meu predicado favorito.
Onde éramos mais que pronomes,
eu, você e nós.
Mal percebia que o amor poderia ser apenas um objeto,
direto, claro e sem rodeios.
Eu, no singular, sonhando em plural,
transformei-me em um sujeito oculto...
Faltou a concordância, e não era nominal.
Fui julgado, conjugado de forma errada,
perdi-me no tempo, tornei-me passado,
mais que imperfeito, sem os verbos que precisei.
E no futuro do pretérito,
havia um indicativo,
um dilema que não se mostrava simples,
talvez composto.
E ao encarar aquele caos que não se explica,
na última lição de casa,
o verbo amar resolveu me ensinar
a arte de esquecer.
Postar