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Antes de ter um relacionamento com um podólatra, cujo nome é Luiz, posso dividir os podólatras em duas categorias: aqueles que eu repudiava, homens que se qualquer espécie de rodeio ou pudor se confessavam podólatras, me pedindo que realizasse suas fantasias e fetiches com os meus pés ; e aqueles outros que, hoje tenho a certeza, passaram pela minha vida sem que nem ao menos eu os estivesse notado ou reconhecido. Antes do Luís, eu também posso me dividir em duas categorias: a mulher que sempre achou Viver livremente A sua sexualidade e também uma mulher que parte de si como todas as outras, cheia de preconceitos e de crenças limitantes, algo, aliás, muito característico no ser humano de um modo geral, mas talvez mais incutido na mulher em função dos padrões machistas limitarem muito mais nossa sexualidade do que a dos homens. Eu era em parte como todas as mulheres que conhecia: cheia de preconceitos, pudores e padrões pré estabelecidos sobre o que é ser bom ou ruim, bonito ou feio, certo ou errado, e, sobretudo, sobre o que era considerado normal ou anormal. Sim, eu era uma contradição: tinha cabeça tão aberta para certas práticas e tão fechada para outras! Permitia-me viver o sexo livremente, pois me permitia deitar com o número de homens que bem entendesse ou fazer tudo aquilo que pudesse me Dar prazer prazer ( Ou práticas que imaginava que me dariam um prazer), mas estava limitada, fechada tudo aquilo que não estivesse dentro daquela caixinha do que estava catalogado como “normal”. Eu era livre dentro da minha gaiola e presa do lado de fora dela. Talvez você pertence a uma comunidade, grupo, cidade ou meio de convívio onde há menos preconceito e mais diálogo. Mas, no meio de convívio Que eu vivo, poria nunca foi vista como normal. Mesmo hoje, se eu disser para uma amiga que conheci um homem é podólatra, duvido que a imaginação dela a respeito deste homem não seja a de um pervertido com problemas mentais. É como se já existisse na cabeça das pessoas todo imaginário respeito deste homem, que só hoje eu sei disso: em termos sociais, é tão comum como todos os outros. O ser humano podia tudo aquilo que ele não conhece. Preconceito, pré-conceitos, Criar um conceito e uma ideia fixa sobre algo que ele ainda não conhece. Ele tem medo do que não conhece, e por isso mesmo repudia. o ser humano teme que é novo porque ele tem minha mudança. Esse medo não é apenas apenas um estado comportamental que nasce unicamente de um estado emocional psicológico específico; é, também, biológico, nasce com a gente, faz parte da natureza humana, porque o nosso organismo não quer fazer nenhum tipo de esforço. O nosso organismo se preocupa unicamente com a sua auto preservação; ele toca alimentos com o medo de que um dia os alimentos falta, ele economiza energia para o caso de precisarmos dessa energia amanhã. um instinto máximo do nosso organismo é sobrevivência, e, então, como forma de nos proteger, o nosso organismo nos habitua a pouparmos energia, e por isso que tememos o novo e a mudança, porque tudo isso requer gastar mais energia e o que o nosso organismo quer permanecer na sua zona de conforto. Vejo a sexualidade como mais alto grau dos pilares do auto conhecimento. Vivo a minha sexualidade tentando me descobrir, me conhecer e me alcançar. Para os mais preconceituosos, pode parecer uma simples esfarrapada desculpa para promiscuidade e para libertinagem, mas a verdade é que acredito, convictamente, que podemos evoluir através do sexo, vivendo a nossa sexualidade como forma de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Não quero, entretanto, me perder no meu foco nesta série de contos eróticos sobre a Podolatria, mas esta introdução ao mundo da podolatria também exige uma quebra de preconceitos. Vem para os meus pés sem medo de ser feliz? #fetiche

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