Era uma vez uma musa, pintada com as curvas perfeitas que só os grandes mestres conseguem fazer. Ela foi tão bem concebida, tão bem desenhada, a alvura da pele e o contorno dos lábios tão bem imaginados e executados que o pintor se apaixonou. A paixão era arrebatadora, deixa o coração batendo rápido toda vez que ele olhava a obra. E ele não conseguia não passar horas admirando. O tamanho da paixão deixou a moça pintada com vontade de existir. E a Julia fugiu da pintura para o mundo. E a gente ganhou toda essa perfeição. Os traços mais delicados, bem contornados, a pelo mais suave passou a ser realidade. E ela está aqui, apaixonando outros. A perfeição.