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Paty Cruz

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Desconectada

🌴 Pipa, Pele e Pecado

por Paty Cruz

O sol beijava minha pele com a mesma ousadia que eu caminhava pelas ruas de Pipa. O vestido amarelo que escolhi não era só uma peça de roupa — era minha provocação silenciosa. Tinha decote na medida do perigo e uma fenda que revelava mais do que escondia. O tecido leve dançava com o vento, acompanhando o balanço das minhas curvas.

Foi então que parei. Uma barraca charmosa, cheia de brincos, colares, pulseiras, chapéus. Mas foi ele que chamou minha atenção.

Alto. Forte. Moreno como o fim de tarde. Ombros largos, sorriso de canto de boca e um olhar que dizia “eu te vi antes mesmo de você me ver”. Estava em pé, organizando os acessórios, quando nossos olhos se cruzaram. Eu sorri de leve. Ele sorriu de volta — com malícia.

— Procurando algo especial? — ele perguntou com uma voz grave e rouca, que arrepiou até o que eu achava que estava blindado.

— Talvez… — respondi, fingindo olhar as pulseiras. — Mas ainda não sei o que exatamente me encantou aqui.

Meu olhar descia, com pouca cerimônia, até aquele volume absurdo que parecia implorar por liberdade na calça dele. Tentei disfarçar, mas era impossível. Ele percebeu.

— Gosta de rosa? — ele disse, se aproximando. O cheiro do meu creme deve ter batido forte, porque ele se aproximou mais ainda. Quase roçando em mim. — Combina com seu tom de pele… e com essa boca.

Sorri. Peguei uma pulseira e um par de brincos delicado, rosa claro.

— Vou levar esses. — disse, entregando o dinheiro. Mas minha mão segurou a dele por um segundo a mais. Olhei bem dentro dos olhos dele e completei: — São lindos… mas acho que você sabe que não foram eles que mais chamaram minha atenção.

Me afastei devagar, rebolando com vontade. Sentia os olhos dele queimando minhas costas. Voltei para o hotel andando. A noite já caía. As ruas estavam mais vazias. Mais escuras.

Foi então que ouvi passos. Rápidos. Firmes. Me virei assustada. E ele estava lá.

— Paty, né? — disse, com aquele mesmo sorriso de antes, só que agora mais faminto. — Não consegui parar de pensar em você.

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele segurou minha cintura e me puxou contra o corpo dele. Nos beijamos. Um beijo intenso, molhado, que misturava sal do mar e desejo da pele. Suas mãos subiram pelo meu corpo e deslizaram até meus seios, cobertos apenas pela leveza do vestido.

— Você me deixou maluca lá naquela barraca… — murmurei entre os beijos. — Senti seu desejo de longe.
— E agora? — ele perguntou, apertando minha cintura. — Sente o quanto eu tô querendo você?

Senti. Ele encostou o corpo inteiro em mim e aquele volume me acertou como um raio. Tremi.

— Aqui? — perguntei, olhando em volta. Estávamos num beco entre duas construções, onde só as estrelas poderiam nos julgar.
— Aqui. Agora. — ele respondeu firme.

Virou-me de costas, segurou minha cintura com força. Meu vestido subiu pelas minhas coxas. Meu coração batia como um tambor de guerra. O calor, o cheiro dele, o toque firme… tudo em mim já estava úmido antes mesmo de começar.

— Você tem noção do que está fazendo comigo? — sussurrei.
— Eu vou te mostrar. — disse, ofegante, encostando-se por trás com firmeza. — Só não me culpa depois…

Senti seu desejo ali, pronto, pulsando, invadindo o ar. Tirei da bolsa um pequeno frasco e entreguei a ele. Gel. Nossos olhos se encontraram. Nenhuma palavra. Só o som do nosso desejo falando alto.

E naquela noite quente, entre as ruas de Pipa, entre gemidos presos e respiração ofegante, nos entregamos. Um ao outro. Ao momento. Ao perigo delicioso de sermos flagrados. E, principalmente, ao prazer que há muito tempo eu não lembrava como era sentir.

Terminamos como se o mundo tivesse parado por nós. Eu, com as pernas trêmulas. Ele, com o sorriso satisfeito de quem sabia que deixaria uma marca.

Voltei para o hotel com o corpo em brasa… e a lembrança dele escorrendo pelas minhas coxas.

E foi assim que descobri que em Pipa, o sol queima… mas tem homens que queimam muito mais.

há 15h
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