Ele mal conseguia digitar as palavras corretas ao entrar na sala privada: "Estou pronto, Senhora".
Mas ela sabia. Sabia que ele nunca estaria realmente "pronto". Não para o que ela faria com ele.
A imagem dela surgiu na tela: impecável, monumental, inalcançável. Vestia um corset de couro que moldava a cintura perfeita e fazia sobressair os seios como um desafio à masculinidade inexistente dele. As pernas longas terminavam em saltos altíssimos. Mas era o olhar dela que o destruía: indiferente, superior, como quem observa algo insignificante… uma anomalia grotesca.
— Então… o inseto voltou — ela disse, a voz fria como aço. — Está ansioso para ser lembrado de quem é… ou melhor, do que é?
Ele engoliu em seco, as mãos tremendo enquanto ativava a câmera.
— Mostre. Agora.
Ele obedeceu, puxando a coberta para o lado, revelando o que tanto o envergonhava e, ao mesmo tempo, o mantinha irremediavelmente preso a ela: sua insignificância física.
O riso dela foi imediato, cruel, sem qualquer compaixão.
— Meu Deus… — ela inclinou a cabeça, fingindo analisar com curiosidade científica. — Isso aí… isso é uma piada, não é? Não pode ser real.
Ele murchou ainda mais, como se pudesse se encolher e desaparecer.
— Não consigo nem chamar isso de "pau". Parece mais… um defeito de fabricação. Uma sobra de tecido que o seu corpo devia ter absorvido no útero. Você se olha no espelho e não sente nojo?
Ele apertou os olhos, a humilhação afogando qualquer possibilidade de resposta.
— Fale! — ela ordenou, o tom seco, implacável.
— Sinto… nojo, Senhora…
— Como deveria. Você não tem nada aí. Nem para mijar com dignidade serve. Aposto que até quando goza parece que está espirrando água de um borrifador barato…
Ele sufocou um gemido de vergonha, o rosto corando violentamente.
Ela riu ainda mais, inclinando-se para a tela como quem observa um inseto deformado.
— Imagina… um homem de verdade… um macho alfa… com veias pulsando, grosso, imponente… e depois tem você: essa coisinha encolhida, mole, inútil… Uma vergonha para a raça masculina.
Ele soltou um suspiro trêmulo, sem conseguir olhar diretamente para ela.
— Aposto que nunca fez uma mulher gozar, não é? — ela prosseguiu, afiada como uma lâmina. — Nunca ouviu um gemido real, só esse barulho patético que você faz quando se masturba sozinho, olhando para mulheres que jamais saberiam que você existe.
Ele tentou responder, mas ela não permitiu:
— Cale a boca! — e, então, suavizou o tom, como quem acaricia antes de esmagar. — Você quer gozar, não quer? Quer a minha permissão para se aliviar… como o verme desprezível que é…
Ele assentiu, desesperado, arrastado pela espiral de vergonha e desejo.
— Pois então, se toque… mas antes… diga, alto: "Tenho um pau inútil, sou um fracasso sexual, e só sirvo para ser humilhado."
Ele estremeceu, as lágrimas brotando, mas obedeceu:
— Eu… eu tenho um pau inútil… sou um fracasso sexual… e só sirvo para ser humilhado…
Ela soltou um suspiro satisfeito, como quem aprecia a obra-prima recém-concluída.
— Agora… olhe para ele, olhe bem para esse pedaço de carne inútil entre as suas pernas… e saiba: ninguém nunca vai respeitar você. Nem como homem, nem como ser humano. Você nasceu para isso… para ser exposto, pisado, desprezado.
Ele gemeu, masturbando-se num misto de dor e prazer abissal, até que, num espasmo final, se derramou, sujando-se completamente… mais pequeno, mais miserável, mais arruinado do que nunca.
Ela o observou em silêncio por alguns segundos, antes de arrematar com desprezo gélido:
— Limpe-se… lixo. E da próxima vez… venha preparado para ser ainda mais esmagado.
E encerrou a chamada, deixando-o sozinho, envolto em sua própria humilhação, com a única certeza que restava: aquela mulher tinha destruído tudo o que ele ainda ousava chamar de dignidade… e ele a desejava ainda mais por isso.

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