Eu me aproximei devagar, sentindo a tensão no ar entre nós crescer com cada passo. Meu coração batia mais forte, e era como se o tempo ao nosso redor tivesse parado, deixando apenas nós dois ali, tão próximos. Ele me olhava de um jeito que fazia todo o resto desaparecer, como se o mundo tivesse sido reduzido a esse momento.
"Se eu te tocasse agora..." sussurrei, minha voz baixa, quase como um desafio. O olhar dele encontrou o meu, e eu podia ver o conflito em seus olhos, a hesitação misturada com desejo. Um arrepio passou por mim, e, instintivamente, meus dedos roçaram a camisa dele. O calor de seu corpo era inebriante, e a proximidade entre nós deixava cada movimento cheio de significados não ditos.
"Você não resistiria," completei, com um leve sorriso nos lábios.
Ele parecia prender a respiração, e por um segundo, pensei que fosse dar um passo para trás. Mas, ao invés disso, ele me puxou para mais perto, como se não houvesse mais escolha a não ser ceder ao que estávamos sentindo. O toque de nossos corpos foi como uma corrente elétrica, percorrendo meu corpo inteiro. O cheiro dele, o calor, a intensidade de tudo me fez perder o fôlego.
Eu o encarei, meu rosto tão perto do dele que eu podia sentir o calor de sua respiração contra minha pele. Não precisava dizer mais nada. Naquele momento, tudo o que importava estava ali, na forma como ele me olhava, na forma como nossos corpos se encontravam, e no silêncio carregado de promessas entre nós.
(...)
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