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(...)

O silêncio entre nós era palpável, cheio de promessas e de algo que nenhum de nós queria nomear. Eu conseguia sentir o coração dele batendo tão rápido quanto o meu, e havia um misto de hesitação e desejo no ar. Nossos olhares se mantinham presos, como se qualquer palavra pudesse quebrar o encanto que nos envolvia.

"Eu sabia que isso ia acontecer," ele murmurou, a voz rouca, enquanto seus dedos deslizavam suavemente pelo meu braço. O toque era leve, mas o efeito em mim era arrebatador. Cada movimento dele parecia cuidadosamente calculado, e ao mesmo tempo, totalmente entregue ao momento.

Eu sorri, sem conseguir disfarçar o quanto estava envolvida por ele. "Sabia?" perguntei, minha voz também baixa, carregada de uma mistura de curiosidade e antecipação.

Ele assentiu, se aproximando um pouco mais, até que nossas testas quase se tocassem. "Desde o primeiro olhar... eu senti que haveria algo a mais. Como se estivéssemos esperando por isso o tempo todo."

Minha respiração ficou mais pesada. Havia algo de irresistível na maneira como ele falava, como se cada palavra dele fosse uma promessa não verbalizada. Eu me perdi por um instante nos olhos dele, sentindo aquela conexão silenciosa crescer entre nós. Era como se não houvesse mais barreiras, apenas nós dois, tão próximos que era impossível saber onde um terminava e o outro começava.

"Então o que estamos esperando?" sussurrei, sem me afastar, meus dedos roçando a nuca dele, sentindo-o arrepiar ao meu toque.

Ele soltou uma leve risada, e antes que eu pudesse processar, me puxou para um beijo. Mas não foi um beijo apressado ou urgente. Foi profundo, lento, como se ele quisesse explorar cada detalhe daquele momento, cada sensação. Eu me entreguei completamente, sentindo o calor subir pelo meu corpo, cada centímetro de mim respondendo ao toque dele, à forma como nossas respirações se misturavam.

O beijo parecia durar uma eternidade e, ao mesmo tempo, apenas alguns segundos. Quando nos separamos, ambos estávamos ofegantes, mas sorrindo. Havia algo de certo naquilo tudo, algo que ambos sabíamos que não poderíamos ignorar.

"Agora é só você e eu," ele disse, a voz baixa e cheia de promessas. "Nada mais importa."

Eu me aproximei devagar, sentindo a tensão no ar entre nós crescer com cada passo. Meu coração batia mais forte, e era como se o tempo ao nosso redor tivesse parado, deixando apenas nós dois ali, tão próximos. Ele me olhava de um jeito que fazia todo o resto desaparecer, como se o mundo tivesse sido reduzido a esse momento.

"Se eu te tocasse agora..." sussurrei, minha voz baixa, quase como um desafio. O olhar dele encontrou o meu, e eu podia ver o conflito em seus olhos, a hesitação misturada com desejo. Um arrepio passou por mim, e, instintivamente, meus dedos roçaram a camisa dele. O calor de seu corpo era inebriante, e a proximidade entre nós deixava cada movimento cheio de significados não ditos.

"Você não resistiria," completei, com um leve sorriso nos lábios.

Ele parecia prender a respiração, e por um segundo, pensei que fosse dar um passo para trás. Mas, ao invés disso, ele me puxou para mais perto, como se não houvesse mais escolha a não ser ceder ao que estávamos sentindo. O toque de nossos corpos foi como uma corrente elétrica, percorrendo meu corpo inteiro. O cheiro dele, o calor, a intensidade de tudo me fez perder o fôlego.

Eu o encarei, meu rosto tão perto do dele que eu podia sentir o calor de sua respiração contra minha pele. Não precisava dizer mais nada. Naquele momento, tudo o que importava estava ali, na forma como ele me olhava, na forma como nossos corpos se encontravam, e no silêncio carregado de promessas entre nós.

(...)

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