CONTO ERÓTICO PARTE I: O Unicórnio e o Ritual Releio tuas mensagens como quem degusta um vinho raro. O charuto aceso ainda espalha no ar o aroma amadeirado da Dona Flor Pura Mata Fina. O copo pesado guarda um gole do rum Norma Ouro, precioso como um feitiço líquido. E é nesse cenário de silêncio luxuoso que começo a arquitetar teu corpo, medindo-o com os olhos da imaginação: tu, pequena, 1,65, pronta para ser olhada de cima, rendida, desejando o comando. Na casa de swing, tu não serias mais uma. Serias o mito, o animal raro, o unicórnio. O troféu disputado não apenas por homens famintos, mas também por mulheres que reconheceriam em ti o brilho da entrega absoluta. E eu, sereno, deixaria que o ritual acontecesse: submissos se ajoelhando para pedir permissão antes de se deixarem dominar por ti. Porque o domínio não é apenas meu sobre ti : é também teu sobre o mundo. E a tua condição de submissa não te limita: ela te expande, te abre, te liberta. E eu não sinto ciúmes: sinto orgulho. Porque sei que quando a entrega é verdadeira, não há traição. Há culto. Há rito. Há um altar de prazer no qual só quem é escolhido participa. Mas o ápice não será na casa de swing, nem no jogo público. O ápice será no templo secreto do nosso quarto. Ali, te darei o presente que prometi: uma sessão de Dark Tantra. Deitarei teu corpo nu sobre lençóis limpos e pesados. Acenderei velas baixas, deixarei o som grave de mantras preencher o ar. Minhas mãos começarão pelo óbvio: teus ombros tensos, tuas costas arqueadas. Mas logo migrarão, despertando cada nervo, cada pulsação escondida : bioeletricidade pura correndo como fogo líquido sob tua pele. Cada toque é lento, mas não suave. Misturo a carícia com o comando, o afago com o grilhão invisível. Tua mente oscila entre meditação e vertigem, teu corpo vibra entre relaxamento e luxúria. O Tantra original se mistura ao açoite leve, ao aperto do colarinho, à venda que apaga teus olhos. És templo e és oferenda. E então, quando já estiveres entregue ao transe, conduzo-te ao limite: Um gemido que é mantra. Um orgasmo que é oração. Um grito que é libertação. PARTE II: O Clube e o Unicórnio A noite cai, pesada e sedutora. As ruas parecem comuns, mas por trás de uma porta discreta pulsa um outro universo : o clube onde poucos têm entrada, e menos ainda têm permissão para ver. Entro contigo pela mão, tua coleira brilhando sob a luz baixa, teus olhos cobertos por uma venda leve. Não és levada como prisioneira, mas como relíquia: todos param para olhar. Ali, tu és o unicórnio. A peça rara que todos desejam, mas que só podem tocar sob a minha permissão. O ambiente mistura couro, veludo e aço. Sons graves, correntes e gemidos se entrelaçam como música ritualística. Meus amigos , dominadores experientes , se aproximam, não para me desafiar, mas para reverenciar: sabem que o prêmio está comigo. Os submissos, de joelhos, pedem com os olhos a honra de te servir. E eu sorrio, deixando claro que a decisão não é apenas minha. Tiro a tua venda. Teus olhos brilham, refletindo a penumbra e a excitação de ser desejada por todos. Um silêncio pesado toma o salão quando afasto tua saia e mostro tua pele nua. O murmúrio cresce: um coro de vozes famintas. — “Ela é minha sub”, declaro. E todos compreendem: teu corpo é altar, mas a liturgia é compartilhada. Conduzo-te até o centro, prendo tuas mãos numa estrutura de ferro. Não há dor , há reverência. Cada toque que se aproxima de ti é autorizado. Uma mulher se ajoelha para beijar teus pés. Um submissa passa óleo perfumado sobre tuas coxas. E tu, de olhos semicerrados, percebes que és o foco da adoração coletiva. E quando finalmente ordeno, dois submissos se colocam atrás de ti, aguardando instruções. Não para te possuir, mas para te servir. Um segura tua cintura, o outro beija tua nuca, enquanto eu, de frente para ti, tomo tua boca com a força de quem lembra: “És deles, és minha, és do mundo , mas acima de tudo, és livre na tua entrega.” O salão se torna liturgia: gemidos, sussurros, o som do couro e o cheiro do sexo misturado ao incenso. E tu, no centro, treme e goza não apenas pelo toque, mas pela consciência de ser reverenciada, desejada, adorada como o unicórnio que és. E quando teu corpo enfim se rende ao orgasmo múltiplo, todos aplaudem , não como plateia, mas como fiéis diante de uma divindade. Naquela noite, não foste apenas submissa. Foste mito. Foste lenda. E todos, um a um, se curvaram aos teus pés. DIREITOS AUTORAIS DA ADAPTAÇÃO: Z1d4n3 #gostosa

