Repentinamente, me vi cercada de águas profundas, um silêncio que gritava mais alto do que qualquer palavra que pudesse ser dita. Ouvi tantas vezes que entender a si mesmo era o caminho para a paz, mas quem diria que a paz também viria com o peso de tudo aquilo. Lembro-me das tentativas de cobrir meu rosto, como se o mundo ao redor fosse pesado demais para ser visto de frente. Talvez fosse uma maneira de me proteger, ou apenas de esconder aquilo que nem eu mesma conseguia entender. Cada gesto era uma tentativa de me encontrar em meio à confusão, como se a minha alma estivesse tentando falar, mas minha mente se recusava a ouvir. E ali, imersa, percebi que o silêncio tinha mais a me dizer do que qualquer palavra.
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