O abraço que acalma, o amor que fortalece
, a sensibilidade como força e não fraqueza. Se permitir ser visto no que você tem de mais sensível
Abro a porta devagar, sentindo o calor do seu espaço me envolver antes mesmo de te ver. A luz suave da sala me recebe como se já esperasse por mim.
Entro com passos lentos, deixando que o som dos meus saltos anuncie minha chegada — cada toque no chão carregando a intenção de quem veio para você.
O ar tem seu cheiro.
E isso já me deixa mais próxima do que gostaria de admitir.
Fecho a porta atrás de mim, e por um instante fico ali, encostada, observando você.
Meus lábios curvam um sorriso lento, aquele que só aparece quando sei exatamente o efeito que provoco.
— Cheguei… — digo, com a voz baixa, quase um convite.
Caminho até você com a leveza de quem quer ser tocada, sentida, notada. Meus dedos roçam a parede, depois o encosto do sofá, até finalmente pararem em você. Meu corpo se inclina um pouco, aproximando meu perfume da sua pele, como se a sexta-feira começasse exatamente nesse encontro — quente, suave, inevitável.
Fico ali, pertinho, olhando nos seus olhos, como quem está dizendo sem pressa:
Agora é a nossa vez.
Seu toque imaginado percorre minha pele como um sussurro quente, lento, que desperta cada sentido. É aquele convite silencioso, quase invisível… mas impossível de ignorar.
O orgasmo é aquele instante em que o corpo floresce e a alma sorri.
Um segundo de entrega total que acende felicidade por dentro, como se o mundo respirasse junto com você.
O mar e a feminilidade se encontram no mesmo mistério: profundos, doces e indomáveis.
Ondas que acolhem, correntes que conduzem, força que nasce do silêncio.
Ser mulher é ser mar — suave na superfície, infinita por dentro.
Amor de segunda-feira é aquele abraço que desfaz o peso do mundo.
É o beijo que acalma a pressa, o toque que afrouxa o stress e lembra que, mesmo no começo da semana, existe um canto onde o corpo descansa e a alma sorri.