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"Submissa sob o Salto"

A luz vermelha banhava o quarto, projetando sombras densas nas paredes. Clara estava no centro, vestida com um espartilho preto que moldava sua cintura, meias de renda e saltos altos que batiam firmes no chão, como o compasso do poder que exercia. Nas mãos, uma guia de couro e um chicote curto, enrolado preguiçosamente nos dedos.

Aos seus pés, de quatro, a sissy — que ela chamava apenas de “Lola” — com a boca pintada de vermelho, os olhos submissos, o corpo trêmulo e vestido apenas com uma calcinha minúscula de renda branca.

— Coloque-se de joelhos, Lola — ordenou Clara, com um tom firme, mas carregado de desejo.

Lola obedeceu imediatamente, erguendo o queixo e expondo o pescoço. Clara prendeu a coleira ao redor dele, apertando até sentir a respiração acelerar.

— Você sabe por que está aqui? — perguntou, enquanto puxava a guia, forçando Lola a inclinar a cabeça para trás.

— Para servir você, Senhora… — respondeu, já ofegante.

Clara sorriu de canto e, sem cerimônia, deu um tapa firme no rosto maquiado, apenas para sentir a pele quente sob sua palma.

— Exato. E vai me servir com cada parte desse corpo ridículo e delicioso.

A Domme caminhou ao redor da submissa, o salto estalando no chão. Parou atrás dela, puxou a calcinha rendada para o lado e deslizou um dedo, lentamente, entre as coxas abertas.

— Molhada… Como sempre — provocou.

Lola arfou, apertando os joelhos, mas Clara deu um puxão seco na guia.

— Não! Abra bem essas pernas. Quero ver tudo.

Lola obedeceu, se expondo completamente. Clara passou a ponta do chicote pelas coxas e, de repente, estalou um golpe seco na pele, marcando-a com uma linha vermelha.

— Agradeça.

— Obrigada, Senhora… — gemeu Lola, mordendo o lábio.

Outro golpe. Mais forte.

— Mais alto!

— OBRIGADA, SENHORA!

Clara sorriu satisfeita e se abaixou, lambendo a marca recém-feita, sentindo o gosto quente da pele. Em seguida, segurou Lola pelos cabelos e a puxou até sua virilha.

— Mostre que sabe usar essa boca.

Lola não hesitou: a língua deslizou obediente pela pele, enquanto Clara segurava firme a cabeça, guiando os movimentos, apertando, forçando mais e mais, até que a sissy ofegava, babando, sem saber ao certo se pedia ar ou mais prazer.

Clara soltou os cabelos e deu um tapa forte na bochecha molhada.

— Ridícula. Olhe para você: uma putinha de joelhos, implorando para ser usada.

Lola gemeu de puro tesão.

— Vire-se, de quatro. Agora.

Lola obedeceu, oferecendo-se de maneira obscena. Clara pegou o plug que estava sobre a mesa, lubrificou com destreza e, sem muita cerimônia, o pressionou contra a entrada exposta da submissa, que gemeu alto ao sentir o objeto se acomodar dentro dela.

— Só vai gozar quando eu deixar, entendeu?

— Sim, Senhora… — respondeu, com a voz embargada.

Clara então se posicionou atrás dela e, com uma das mãos, começou a estimular o plug, girando-o lentamente, enquanto com a outra puxava os cabelos da sissy, forçando a cabeça para trás, fazendo-a arquear ainda mais.

— Está à beira do orgasmo, não é? — sussurrou Clara, mordendo o lóbulo da orelha de Lola.

— Sim… Senhora… Não aguento mais…

Clara riu, maliciosa.

— Então aguente.

Largou o plug, deixou a submissa gemendo, frustrada, e caminhou até o espelho.

— Venha até aqui, Lola. De joelhos.

Lola rastejou, os joelhos já marcados pelo tapete. Clara apontou para a frente do espelho.

— Olhe para si mesma. Veja o que você é: minha propriedade. Uma putinha montada, marcada e cheia de tesão.

Lola encarou o reflexo: maquiagem borrada, marcas vermelhas na pele, o plug visível, a respiração ofegante.

— Implora pra mim, Lola. Quero ouvir.

— Por favor, Senhora… me deixe gozar… Por favor… sou sua… só sua…

Clara ergueu o queixo da submissa com o bico do salto, inclinou-se e sussurrou:

— Goze.

E, como se aquelas palavras fossem a chave final, Lola explodiu em um orgasmo intenso, se contorcendo no chão, gemendo alto, com o corpo inteiro em espasmos. Clara observava, satisfeita, sem pressa.

Quando a submissa finalmente desabou, exausta, Clara se abaixou, tirou-lhe a coleira e acariciou-lhe o rosto com suavidade.

— Muito bem, minha sissy… você me deu exatamente o que eu queria.

Lola sorriu, ainda sem fôlego, e repousou a cabeça no colo da Domme, enquanto Clara acendia um cigarro, contemplando sua obra.

Naquele quarto, entre gemidos, ordens e entrega absoluta, as duas sabiam: não havia espaço para dúvida. Apenas para o desejo, cru e incontrolável.

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