Golden-Shine
há 19dNum toque sem querer, a tela brilhou, E ali, sem aviso, teu rosto surgiu. Entre mil conexões, o acaso dançou, E meu mundo, em silêncio, sorriu. Tuas palavras vinham leves, quase sussurro, Como quem já sabia o que dizer. E eu, perdido entre teus olhos de furacão, Não quis — nem tentei — me conter. “Será só sorte?”, pensei no reflexo, Mas tua voz me puxava mais fundo. Cada gesto, cada riso discreto, Hipnotizava meu pequeno mundo. Você falava, e minha mente cedia, Como se tua presença morasse em mim. E sem que notasse, eu já te seguia, Como se teu querer fosse meu fim. O tempo esqueceu de passar ali, Na ponte invisível da tela azul. E mesmo longe, quis te sentir, Como se a mente criasse um céu incomum. Então, diz: foi acaso, ou destino esperto? Ou será que tua mente chamou a minha? Porque agora, mesmo em sonho ou perto, Só em ti minha razão se alinha