Sa Fadinha Desconectada
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Esses dias, eu tenho refeito nosso itinerário afetivo (ñ sei é muito cedo pra nostalgia. Ñ sei nem se É nostalgia - pq ñ há saudade e, sim, MARAVILHAMENTO). Revi descobertas. Reafirmei predileções. Cara, me deu TANTA vontade de comer pêssego recheado. O MESMO. JUNTO CONTIGO. Aí, caiu-me no lombo pelegudo, lá no quintal do tamanho do mundo, esse fruto: “Proust só de ouvir a voz de Albertine entrava em orgasmo. Se diz que: O olhar de voyeur tem condições de phalo (possui o que vê). Mas é pelo tato que a fonte do amor se abre. Apalpar desabrocha o talo. O tato é mais que o ver. É mais que o ouvir. É mais que o cheirar. É pelo beijo que o amor se edifica. É no calor da boca que o alarme da carne grita. E se abre docemente como um pêssego de Deus.” Só ponho reparo nessa carnadura divina, que, entre nós, é sem me tocar que você me deixa em calda. E é com LAMBEIJOS que você me desmancha. Você desnuda o caroço e o torna em polpa tbm. E o sorve. E tudo cresce outra vez.

(continuação) Já são quase duas da manhã (“vamos nos encontrar cedo, pois prezo teu sono” tu havias me dito. Rimos!) e ainda temos tanto para compartilhar! Os líquidos escorrem na pele em brasa. Suor. Lágrimas. Prazer. (You're feeding on my energy). Exausta! Leve! Mas ainda gulosa! “Felpudinho, quero te devorar! Ainda mais... ir além!” (“I'm giving you all I'll be the blood If you'll be the bones I'm giving you all I'm giving you all So lift up my body And lose all control I'm giving you all”). O sorriso do gato da Alice estampa meu rosto. (“Open my chest and colour my spine I'm giving you all”). Tu te sentes atordoado. E eu sinto o gosto da cada parte do teu corpo entre os meus lábios molhados. O mesmo sorriso pinga sangue. Começo um ritual. Pele, cabelos, vísceras, tendões, gordura, genitálias (“You run in my veins How can I keep you Inside my lungs I breathe what is yours You breathe what is mine “). “Pronto, Felpudinho, dentro de mim tu estás protegido!” E nunca fomos tão felizes!

11/10/2018