Priscila Hagne

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Priscila Hagne Desconectada Último acesso: há 6 dias

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Desconectada

Abismo do prazer “ Era uma noite quente, o ar pulsava com a expectativa do que estava por vir. O ambiente estava à meia-luz, com tons vermelhos e dourados iluminando meu corpo. Ele entrou na sala de chat, como de costume, sem imagem, sem som. Apenas palavras. E, com ele, trouxe aquela energia que sempre me desarmava, como se soubesse exatamente o que dizer para me deixar à mercê de suas intenções. “Posso sentir você me olhando agora, mesmo sem me ver, sem me ouvir”, ele escreveu, e um arrepio percorreu minha pele. Como ele sabia? Ele sempre sabia. A cada linha que digitava, sua presença se tornava mais intensa, invadindo minha mente de uma forma que nenhum toque físico jamais havia feito. As palavras dele me envolviam como um abraço, como se fossem dedos invisíveis desbravando cada parte do meu corpo. Ele descrevia, minuciosamente, onde suas mãos estariam naquele momento, como estariam traçando linhas imaginárias sobre a curva do meu pescoço, descendo lentamente até a clavícula, quase como um afago. “Sinto a sua respiração acelerar, o calor que seu corpo emana enquanto minha mão desce suavemente... devagar, sem pressa, explorando cada centímetro seu, como se tivesse todo o tempo do mundo”, ele continuava. Eu podia jurar que sentia aquele toque, mesmo sabendo que era pura imaginação. A intensidade de suas palavras, o cuidado com que ele escolhia cada detalhe, faziam meu corpo se aquecer, se preparar para o que estava por vir. Ele me descrevia em um estado de desejo quase insuportável, prestes a explodir, e ainda assim segurava, controlava, como se estivesse sempre no comando do meu prazer. “Você não precisa me ver, não precisa me ouvir para sentir. Eu te conheço tão bem que sei o exato momento em que sua pele começa a arder de ansiedade, querendo mais, pedindo por mais”, ele disse. E era verdade. Cada palavra parecia fazer minha pele vibrar, como se ele estivesse ali, ao meu lado, guiando meus movimentos, sugerindo sem nunca ordenar, sabendo exatamente como me deixar à beira do colapso. Ele narrava com precisão onde suas mãos estariam agora – uma na minha cintura, firme, segurando-me no lugar enquanto a outra descia lentamente entre minhas pernas, sem tocar de fato, apenas flutuando, apenas insinuando o que poderia acontecer a seguir. Aquela hesitação era parte do jogo, e ele sabia. Sabia que minha mente estava repleta de imagens que ele plantava em cada palavra, em cada vírgula. “Agora, eu estou te segurando com mais força, controlando o ritmo, porque eu quero que o seu prazer seja completo, quero ver – ou melhor, sentir – o momento exato em que você perde o controle, em que se entrega completamente a mim”, ele digitou, e minhas pernas tremiam levemente. Ele continuava descrevendo como, mesmo sem toque, ele sabia que eu estava à beira, prestes a alcançar aquele ponto sem volta. “Quero sentir o calor do seu prazer explodindo, tão forte que eu consigo quase provar o sabor. O seu prazer é o que me guia, o que me dá poder”, ele concluiu, e eu não pude mais conter o gemido que escapou dos meus lábios. Naquele momento, a tensão era tanta que tudo ao redor sumiu. Eu estava nas mãos dele, nas palavras dele, cada frase me levava para mais perto do ápice. E quando ele finalmente me deu permissão, com uma última frase sussurrada no silêncio do chat, eu me rendi. O prazer veio em ondas, cada uma mais intensa que a outra, enquanto ele descrevia com exatidão o que estava acontecendo do outro lado, como se estivesse sentindo e experienciando tudo ao meu lado. E então, o silêncio. Ele não precisou dizer mais nada. Sabíamos que ambos havíamos chegado lá, juntos, mesmo separados por uma tela. A intensidade daquele encontro era como nenhum outro. Ele dominava sem dominar, guiava sem precisar de mais do que palavras. E eu, cada vez mais, me via entregue ao poder que ele tinha sobre meu corpo e minha mente. O encontro, sempre tão fantasioso, era real na maneira como ele conhecia cada pedaço de mim, cada desejo oculto. Ele era o mestre do prazer, e eu, uma tela em branco para suas vontades. Em seus braços, o tempo perde o sentido, e a realidade se dissolve em uma dança hipnótica de sensações. Cada toque, cada suspiro, nos levava mais fundo em um abismo de prazer inexplorado, onde eu me entregava completamente, me perdendo e me encontrando ao mesmo tempo. Quando, enfim, chegamos ao ápice, não éramos mais dois, mas um só ser, feito de fogo, desejo e abandono”. F.M.F.

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