promessas No começo, ele pensou que fosse apenas delicadeza. A voz baixa. A calma com que ela dizia cada palavra. A suavidade nos olhos. Ele não viu o silêncio entre as frases. A pausa que testava — e media. Ela não se apressava. Nunca se explicava. Quando ele tentou conduzir, ela apenas o ouviu. Sem confrontar. Sem corrigir. Mas também… sem ceder. E foi aí que algo começou a ruir dentro dele. Porque ela não se opunha — apenas permanecia. Naquela noite, ela entrou no quarto em silêncio. Os pés descalços, o vestido escuro, os ombros marcados por uma corrente que reluzia sob a luz suave. Nada nela pedia atenção. Mas ele não conseguia olhar para mais nada. Ela passou por ele. Devagar. Sem promessas. E quando parou, diante dele, não disse nada. Só ficou. E foi nesse instante sem ordens, sem frases, sem espetáculo que ele se ajoelhou. Não por fraqueza. Não por adoração. Mas por ter compreendido, enfim, o que é presença verdadeira. Ela não disse que era forte. Ela não disse nada. E, talvez por isso, ele nunca mais esqueceu. Você saberia reconhecer uma presença assim… antes que fosse tarde? #fetiche
