Menina de olhos profundos, cabelos de noite sem lua, em seus passos o vento ecoa, em seus sorrisos, a rua. Mulher que dança o abismo, com a alma cheia de fogo, seus gestos, um enigma, cortam o ar como um rogo. Menina que sorri sem medo, mas guarda dentro uma tempestade, mulher que se perde e se encontra, na sua própria verdade. Teus olhos têm o mar revolto, tua pele, o toque do destino, dá medo esse mistério imenso, onde tudo é divino e ruin. Menina mulher que me assusta, não sei onde começo e onde termino, teu mundo é um abismo que me chama, e, ao mesmo tempo, me atira ao divino. Tu és a dor e o céu, a guerra e a paz, uma força que me arrasta e me faz morrer em pedaços, mas renascer em chama, menina mulher que me dá medo e me ama.