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Ela era linda.
Apoiei minhas costas no cano de metal e escorrei com um sorriso malicioso na boca, enquanto a fitava através da boate.
Ela ergueu sua sobrancelha perfeitamente desenhada e levantou um copo de whisky que estava em sua mão direita. Me ofereceu um sorriso minimalista e levou o copo achatado até os lábios. Bebeu o liquido marrom, mas seus olhos negros como a noite continuaram a me encarar.
Eu poderia me perder neles.
Lambi os lábios inconscientemente e meu corpo inteiro reagiu ao seu olhar. Eu me sentia patética perante aquilo, ficar perdida por uma mulher no qual nunca troquei uma palavra se quer.
A música foi transcorrendo e eu dançava sempre para ela. A cada movimento, a cada rebolado, cada vez que minhas mãos tocavam em meu corpo. Tudo era absolutamente para ela.
Então ela fazia o que sempre fazia. Tomava uma última golada do seu whisky, se levantava acertando a manga do seu terno preto, procurava sua carteira no bolso da calça e jogava uma nota para o barman. Ela passava a mão pelo rabo de cavalo do seu cabelo e me olhava uma última vez, jogando um último minimalista sorriso.
Virava seus calcanhares e caminhava tranquilamente para fora da boate com toda sua imponência. Ela era uma mulher que tinha um andar arrogante e com autoridade. Não era para menos, ela deveria ter mais ou menos 1,80 de altura. Eu nunca vira uma mulher tão alta, como ela e eu com os meus míseros 1,65 desaparecia ao lado dela.
A música não tinha acabado e ela se fora. Agora, eu já não me importava tanto em me empenhar. Meu olhar preferido fora embora, mas quando essa mulher estava aqui, imaginava apenas eu e ela em toda a boate e toda minha atenção se concentrava nela. Era como se eu quisesse que ela sentisse prazer só em me ver.
Deus, eu queria dar prazer para uma mulher que eu nem conhecia.
Era para rir de tão patético.
A música acabou.
Aplausos.
Gritos carregados de prazeres.
Cigarros.
Dinheiros.
Eu me agachei pegando as notas, sorrindo despretensiosamente e saiu para os bastidores.

11/01/2018
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