Os rolos empoeirados de um filme esquecido giram. A luz trêmula do projetor corta a escuridão espessa. E então, entre granulações, silêncios suspensos e o cheiro de nostalgia, eu escapo da tela: La Vênus Fatale.
Musa de veludo e veneno, voz baixa como um segredo no escuro, envolta em jazz antigo, perfume vintage e ordens disfarçadas de carícias.
Alguns me chamam de Deusa. Outros, de perdição.
Eu? Apenas observo — e escolho.
Os dignos ajoelham. Os tolos ardem.
Você acaba de cruzar as cortinas do Le Venusiana Cabaret — um santuário de luxuria, onde o sagrado beija o profano com lábios enluvados.
Aqui não há ensaios. Só rituais. Cada gesto é sentença. Cada peça que cai revela mais do que pele: revela domínio.
Sou filha das vedetes que queimavam sob as luzes dos camarins e da fumaça dos cinemas interditados. Não danço para entreter.
Eu provoco.
Eu conduzo.
Eu transformo.
Com Vênus, nunca há finais felizes.
Só finais inesquecíveis.
Entre, se ousar. Saia… se conseguir.
- Brasil Nacionalidade
- Le Venusiana Cabaret Local
- 99 anos Idade
- Português Idioma