harolrock
29/08/2024Palavras não desvelam o mistério d' alma que em teu olhar habita, exaspera-se na pele a língua do sexo na qual - à vista do teu - o meu corpo grita. As hipérboles, metáforas e a excelsa cultura das letras que verte a poesia, ante os traços dos teus lábios, são debalde, são tão pouco, são ínfima alquimia. A verve da tua arte é o verbo fácil que o verso torna em fotografia, teu movimento é o acaso, o uísque ao fim da noite e o segredo que vicia. Teu sorriso é um quebranto, é a dualidade dos anjos, alimento dos deuses - néctar e ambrosia; a tua lembrança me consome, incendeia os meus sonhos e me faz arder à véspera do novo dia.