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19/05/2024“Escrever é traduzir, mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e que sentimos para um código convencional de signos, a escrita... e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não tanto a integridade da experiência que nos propusemos transmitir... Mas uma sombra, ao menos, do que no fundo do nosso espírito sabemos bem ser intraduzível, por exemplo... A emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo.” (José Saramago)
Maravilhosos 27/05/2024