Hoje eu só ia treinar. Só isso. Joguei o top roxinho, aquele que já colou no corpo antes mesmo de suar. A calça leve acompanhando o ritmo — e eu, sem pressa, sem presságio, só fui. Mas na volta… ah, na volta tinha espelho. E corpo. E suor. A camiseta estava colada, meio molhada, carregando o peso do meu esforço, da minha presença, do meu cheiro. Puxei devagar. Primeiro a barra, depois o resto. E o ar frio da casa bateu na pele quente — e você sabe o que isso causa. O top grudado mostrava mais do que escondia. Mostrava esforço, mostrava marca, mostrava desejo condensado na pele. E os pelinhos ali, na curva da axila, todos umedecidos, firmes, insistentes. Eu pensei em você. Pensei no que faria se visse essa cena ao vivo. No que sentiria se estivesse ajoelhado, com o rosto tão perto da minha pele suada, respirando fundo sem coragem de tocar. Porque você sabe: eu deixo ver. Mas não deixo pegar. E é aí que o jogo começa. Você gosta do roxo. Do escuro. Do quase. Gosta do meu cansaço porque ele ainda te domina. Gosta do suor porque nele tem meu gosto. E gosta do silêncio entre uma ordem e outra. Eu sei. Eu olho pra câmera e te sinto aí. Imaginando. Suplicando. Morrendo de vontade de encostar a língua e me agradecer por existir. Mas não precisa dizer nada. Já sei o que você sente. Já sei o que você quer. E hoje, só por hoje, eu deixo você sonhar com o gosto do meu treino. #fetiche

