Corpo profano Meu corpo nunca pertenceu à moral. Nunca foi vitrine de virtudes. Ele sempre foi carne viva, febre, incêndio. Não peço respeito sagrado. Exijo profanação. Exijo boca ajoelhada, língua desesperada, dedos que tremem. O templo profano é meu corpo. E aqui os rituais não têm missa, têm gemido. Não têm salvação, têm gozo. E o milagre não está em você me adorar, mas em eu mesma me desfrutar. Cada curva é sentença. Cada risada é tortura. Cada ordem é prazer. E você, frágil devoto, descobre tarde demais. Descobre que não entrou para rezar. Entrou para ser consumido. E vai sair marcado, humilhado, vencido. Mesmo assim, vai suplicar para voltar. 🖤 Dona
