Quando me esperas, palpitando amores, e os lábios grossos e úmidos me estendes, e do teu corpo cálido desprendes desconhecido olor de estranhas flores; quando, toda suspiros e fervores, nesta prisão de músculos te prendes, e aos meus beijos de sátiro te rendes, furtando as rosas as purpúreas cores; os olhos teus, inexpressivamente, entrefechados, languidos, tranquilos, olham meu doce amor, de tal maneira, que, se olhassem assim, publicamente, deveria, perdoa-me, cobri-los uma discreta folha de parreira. ( "Por decoro”- Artur Azevedo 1855–1908).
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cristian420 Q gataa