Ela leu devagar, sentindo o corpo responder antes mesmo que a mente processasse. O peito subiu num suspiro involuntário. O calor se espalhou como se a pele tivesse memória — como se cada toque dele ainda estivesse ali, desperto, vivo. Ele estava diante dela, olhando-a com aquela mistura de calma e desejo que só ele conseguia ter. Aquele olhar que parecia acender tudo por dentro. — Então você quer queimar comigo? — ele perguntou, aproximando-se um passo. A voz rouca, baixa, carregada de promessa. Ela não recuou. Não conseguiria, mesmo se tentasse. — Só se for agora — respondeu, sentindo a respiração acelerar. Ele tocou sua mão primeiro. Um toque simples. Suave. Mas a forma como os dedos dele deslizaram pelos dela… lenta, firme, intencional… fez o ar ao redor parecer mais pesado, mais quente. Como se aquele simples contato já fosse suficiente para incendiar tudo. Ele levou a mão dela até o próprio peito, guiando-a. — Sente isso? — murmurou. — É você quem causa. O calor cresceu entre eles, quase palpável. Quando ele deslizou a mão pelas costas dela, a pele se arrepiou inteira. Cada toque dele era lento, detalhado, como se estivesse aprendendo o caminho exato para acendê-la por dentro. Não havia pressa. Apenas intensidade crescente, controlada… perigosa. — Cada toque… — ele disse, a boca perto demais da orelha dela — vai ser uma chama. — E cada vez que você respirar assim… — os dedos dele percorreram a cintura dela com precisão — eu vou querer mais. Ela sentiu a vontade, o desejo, o fogo… tudo misturado, tudo consumindo qualquer resistência. — Então deixa eu queimar com você — ela sussurrou, rendida. Ele sorriu. E naquele sorriso havia certeza: não seria só fogo. Seria combustão.
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