“Você é a única pessoa que me faz tremer de desejo só de pensar em você” — o corpo dela reagiu antes mesmo que percebesse. O coração acelerou, as mãos ficaram quentes, e um arrepio lento percorreu sua nuca. Ela imaginou a respiração dele perto, aquela voz baixa dizendo seu nome como se fosse um segredo proibido. Bastava lembrar do jeito que ele a olhava — intenso, firme, como se pudesse atravessar sua pele e ler cada vontade escondida — para seu corpo inteiro despertar. A porta se abriu devagar. Ele entrou. O sorriso dele não era inocente. Era daquele tipo que prometia tudo sem dizer nada. Ela não disse uma palavra. Não precisava. Ele caminhou até ela devagar, com passos calculados, olhando nos olhos como quem já sabe o efeito que causa. Quando chegou perto o bastante, encostou a testa na dela. O calor, a proximidade, o perfume que ela reconheceria até de olhos fechados… tudo se misturou. — Então eu te faço tremer? — ele murmurou, com a boca quase tocando a dela. Ela sorriu, sentindo o corpo inteiro pedir por mais. — Você não faz ideia. Ele segurou seu rosto com delicadeza firme, e naquele instante ela soube: qualquer coisa que viesse dali em diante seria inevitável.