Ela sentiu as pernas fraquejarem só de imaginar. Cada palavra parecia dita diretamente no ouvido dela, com aquela voz baixa que a desmontava. O corpo respondeu num instante, como se estivesse esperando exatamente aquilo. Ele se aproximou devagar, com aquele olhar que nunca deixava dúvidas sobre o que queria — e, principalmente, sobre o que faria questão de provocar nela. — Você sabe que não precisa me provocar tanto assim… — ela murmurou, tentando manter o controle da própria respiração. Ele sorriu, aproximando-se até ficar a poucos centímetros. Um sorriso lento. Confiante. Perigoso. — Ah, mas eu quero — respondeu, a boca quase roçando a dela. — Quero sentir você perder o fôlego… devagar. A mão dele subiu por suas costas com uma suavidade que arrepiou cada espaço da pele. Era um toque que não pedia permissão — apenas anunciava o que estava por vir. Ele a puxou para perto, tão perto que ela sentiu o calor dele misturado ao seu. E então, como prometido, os lábios dele tocaram a pele dela. Não com pressa. Não com fome. Mas com aquele tipo de lentidão calculada… que faz o corpo inteiro implorar por mais antes mesmo de receber qualquer coisa. — Está sentindo? — ele sussurrou entre um beijo e outro, a voz carregada de intenção. — Eu vou te provocar até você não conseguir mais formar uma frase… até pedir… até me chamar do jeito que só você sabe. Ela respirou fundo, mas era inútil — o controle já não era dela. E ele sabia disso. Sabia e aproveitava cada segundo.