Thiagoboucault
há 13dGata, Gatíssima Oscilas, amor, entre o mais belo dos infinitos e o mais restrito e fulgurante resplendor. És chama viva que apaga o brilho dos astros mais antigos, mais onipotentes, e ainda assim és brisa, és alívio. És cor dissolvida na água, o pincel que espalha o espectro do mundo. De Kandinsky a Frida, tu és sentido e revolução, és arte pulsando em carne viva, és poema que se escreve com os olhos fechados. Transformas o terror em ternura, fazes de Freddy Krueger um conto de fada, Jason adormece ao som da tua risada — porque teu toque reescreve até o medo, teu calor desfaz o açoite do mundo. E os marmanjos — oh, os marmanjos... desmontam-se ao alcance da tua pele, de teu cheiro que embriaga, de teus poros que cantam segredos, de teus peitos onde o tempo descansa, de teus pelos que guardam caminhos antigos. És delírio e descanso, és noite inteira em um suspiro. E eu — tão só e tão teu — me descubro mais homem, mais bicho, mais silêncio, toda vez que habito esse milagre chamado você.