Eu observo você antes de qualquer movimento. Não porque eu precise, mas porque eu gosto de saber exatamente o que desperta em você quando eu entro no ambiente. A mudança é sutil, mas real: a respiração que prende por um segundo, o olhar que tenta manter firmeza, o corpo que reage antes da sua consciência permitir. É assim que eu sei que o controle já é meu. Eu caminho devagar, porque não há pressa quando se sabe o impacto que se causa. Cada passo é calculado; cada pausa, intencional. Eu sinto o ar entre nós ficar mais denso, mais quente, como se você estivesse esperando que eu decidisse qual será o próximo limite que vou testar. E você espera. Mesmo fingindo que não. Quando eu chego perto, não toco. Não preciso. Meu silêncio força a sua atenção, meu olhar força a sua entrega. Eu gosto desse jogo em que você tenta manter postura enquanto eu desfaço, aos poucos, toda a sua resistência. Gosto de ver a inquietação que você tenta esconder. Ela me pertence. Inclino o rosto apenas o suficiente para que você sinta minha presença na pele, sem que nenhum toque aconteça. É aqui que eu domino: no espaço entre o que você deseja e o que eu permito. É aqui que eu decido o ritmo, o peso, a intensidade. E enquanto você tenta adivinhar o que eu farei, eu sorrio segura e provocante, porque sei que não importa qual seja o próximo gesto, você já está preso no jogo que comecei no momento em que te encarei. Eu não preciso levantar a voz para te comandar. O seu corpo entende antes da sua mente. E eu adoro isso.
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