Você me enxerga no seu proibido e me diz que se espelha no meu caos, você se entrega e desperta a vida selvagem dentro de si mesma. Em uma inconstância como o mar que se agita entre suas pernas, escorrendo gota por gota, enquanto sua mente busca um olhar que já tivesse a olhado, buscando desejo, queimar e arder, um olhar ou uma brasa de fogo que incendeia sua mente, a memória desperta cada centímetro da tua pele, se arrepiando, mas com oque? Com o vento frio do ar que entra pela janela? Com a meia luz da lua que destaca cada curva do seu corpo no escuro imenso do desejo? Desafiando sua própria razão e consciência você procura a causa das sensações, se perde em memórias, se perde em seu próprio sentido, tocando seu corpo a mais bela canção, dedilhando seu pecado, apertando o ar em sua garganta, marcando a pele com a abstinência eminente. Nenhuma palavra vulgar havia escapado dos nossos lábios, nem sequer um centímetro de nossos corpos haviam se tocado, mas em consciência ativamos cada sentido do corpo, o olfato se lembrando do cheiro inebriante, o paladar se lembrando dos lábios quentes, a visão almejava ver mais uma vez a ceda do vestido caindo do peito aos pés em um piscar de olhos, observando seu instrumento prestes a ser tocado, a audição implorava por mais um suspiro desesperado. Em um piscar de olhos seu corpo grita, inquieto, quente, por dentro algo gelado derrete e você sente o molhado, o indomável, a luta da razão e emoção. Algo que anos de estudos nunca explicaria. Como um toque que nunca te tocou poderia te arrepiar? Como você poderia desejar algo que nem sequer viu? Você nem sequer saberia dizer oque te trouxe até mim, então por hoje, ouça meu chamado, pulsando de dentro de você, em todas as suas veias, todo seu sangue, sua mente acelerada, a respiração ofegante, tudo que te torna humana e pecadora. Atenda ao meu chamado, me desvende no seu escuro e me encontre no seu prazer, onde só eu e você podemos habitar. Por hoje, só minha. #gostosa