neoblack
05/09/2023Sendo teu escravo, o que fazer senão atender Às horas e aos chamados de teu desejo? Não tenho tempo algum para mim, Nem serviços a fazer, até que me peças. Nem ouso repreender a hora do mundo sem fim, Enquanto eu, minha soberana, sigo tuas horas, Nem penso que a solidão da ausência seja amarga, Após dispensar teu servo de teu serviço; Nem ouso questionar com meus ciúmes Onde andarás, ou imaginar o que fazes, Mas, como um triste escravo, sento-me e não penso, Salvo, onde estás e quão feliz fazes a todos: Então, que tolo é o amor, que, sob teu jugo (Embora nada faças), nenhum mal o assombre. Soneto 57 - Shakespeare
Que trecho!!!! Não teria como melhor descrever o que é estar comigo 08/11/2023