harolrock
“Eu escrevo e te conto o que eu vi, e me mostro de lá pra você. Guarda um sonho bom pra mim”. De fato, nenhuma palavra fotografaria o nosso momento, nenhum roteiro seria capaz de descrever o transe. A imortalidade soa assim, similar à intensidade do que é efetivamente vivenciado, sentido na pele, marcado e cristalizado em errantes trajetórias, em memórias sólidas com seus lugares cativos no sóbrio e inabalável altar do tempo. Eu diria que, passe o tempo que passar, seguirei sabendo de cór os seus detalhes, recapitulando cada instante compartilhado na ansiedade já instalada de revê-la. O fogo foi deflagrado no íntimo, e o desejo do toque suave na pele, assim como a chama, se mantém, é indelével. À noite, procurarei por você nas estrelas; no entanto, por mais que busque na amplidão do espaço, certamente é no universo dos meus sonhos que sempre a encontrarei.