Não me queira uma deusa virgem, Nem uma monja sem vida, Sou fera na minha origem, Não posso ser reprimida. Nem me queira uma freira contida, Tampouco uma casta bailarina, Minha alma dança atrevida, Com a pombo gira na esquina. Por isso prefiro ser Maria Bonita, Ainda que degolada com o meu lampião, Do que ser essa santa invejada, E sozinha virar carvão. E se alguém de mim duvida, E estranha esta mulher, Não sou a virgem Maria, Sou uma Maria qualquer.
